domingo, 12 de dezembro de 2021

Fragmentos da história política de Tuparetama (PE): Algumas notícias do Diario de Pernambuco na década de 1960.

      

Bandeira do Município de Tuparetama 

 Por Hesdras Souto, Sociólogo, Pesquisador e Presidente do CPDoc-Pajeú

 

Nossa amada Tuparetama, a Princesa do Pajeú, tem uma história longa, inclusive secular, e também muito bela. O objetivo destes fragmentos com linhas e imagens é mostrar, de forma muito breve, alguns acontecimentos locais que foram noticiados pelo Diário de Pernambuco durante a década de 60, época na qual nos desmembramos de Tabira e nos tornamos cidade.

As notícias do supracitado jornal, expostas abaixo, abordam somente fatos da construção da nossa história política, o que nos ajuda um pouco a compreender, ainda que sem grande reflexão, o motivo de Tuparetama ser (graças a Deus e a nossos Pais e Mães fundadores) uma cidade muito politizada, talvez até a mais politizada da Ribeira do Pajeú.

Com a palavra, o Jornal.

OBS: Clique nas imagens para ampliá-la e conseguir ler! 

Primeira notícia publicada na década de 60 (Abril de 1962)


Instalação da Comarca Eleitoral de Tuparetama (Maio de 1962)

 


Vitória de Severino Souto na 1º eleição de Tuparetama (Outubro 1962)


Instalação da Câmara de Vereadores de Tuparetama (Novembro de 1962)

Vereadores tentam aumentar os próprios salários (Fevereiro de 1963)


Ainda sobre o aumento dos salários dos vereadores (Novembro de 1963)


Câmara Municipal escolhe um novo presidente (Fevereiro de 1964)


Novamente os Vereadores tentam aumentar os próprios salários (Novembro de 1965)


Vereadores fazem denuncia contra o Prefeito Elias Pessoa (Abril de 1967)

Novamente os Vereadores reclamam do Prefeito Elias Pessoa (Maio de 1967)


Otton Leite participa da Convenção da ARENA (Agosto de 1969)

Evitamos fazer conjecturas das reportagens para que o leitor possa, por conta própria, desfrutar de um rápido passeio pelos meandros da nossa história política e tentar entender o contexto dos fatos à época ocorridos.  

 


 






quarta-feira, 30 de junho de 2021

A morte de Antônio Silvino

 Por Alexsandro Acioly, Historiador e Pesquisador do CPDoc-Pajeú

O assunto cangaço mexe com o imaginário popular em várias partes do mundo. Não é à toa que o tema é abordado há mais de um século em periódicos, livros, cordéis, por cantadores de viola, músicas, filmes…

Afogados da Ingazeira, ainda era designada povoado, quando Manoel Batista de Morais nasceu, pois, só quatro anos mais tarde com a Lei Provincial nº 1.403 de 12 de maio de 1879 – Art. 1º “fica elevada a vila a povoação de Afogados da Ingazeira e para ela transferida a sede da comarca”, segundo consta no livro – Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios do Interior de Pernambuco da coleção Documentos Históricos de Pernambuco (FIAM-CEHM) e a instalação da vila se dá apenas em 07 de Janeiro de 1881.

Manoel Batista de Morais (Antônio Silvino) era filho do Sr. Pedro Rufino de Almeida e da Sra. Balbina Pereira de Morais. Ele nasceu no “Sítio Colônia”, 02 de Setembro de 1875 (data não confirmada). Veio a falecer em Campina Grande, de causas naturais, 28 de Julho de 1944, sete anos após ser anistiado e sair da Casa de Detenção em Recife.

Uma coincidência marca o falecimento de Antônio Silvino. Seis anos antes, em 28 de julho de 1938, era executado na grota do Angicos no Estado de Sergipe, Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), sua esposa Maria de Déa (Maria Bonita) junto a outros cangaceiros e também um policial da Força Volante.

O Obituário

Segundo consta no Livro de Óbitos do Cartório em Campina Grande, Silvino morava à rua Arrojado Lisboa situada no bairro Monte Santo com uma prima sua por nome de Teodulina Cavalcante. O bairro Monte Santo também dá nome ao cemitério onde foi sepultado Antônio Silvino.

Figura 1- Rua Arrojado Lisboa (em amarelo) e o Cemitério do Monte Santo na parte superior da foto.

 

 

Figura 2 - Casa onde viveu Antônio Silvino em Campina Grande - Fonte: http://cgretalhos.blogspot.com/2018/01/o-cangaceiro-antonio-silvino-viveu-e.html#.YNuEV0xv9PY


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem e transcrição do texto do Livro de Óbitos:

Figura 3- https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-68B9-Z93?i=59&wc=WPG2-MT4%3A337681501%2C337681502%2C340615601&cc=2015754


 

 

“Aos vinte e nove dias do mês de julho de mil novecentos e quarenta e quatro, nesta cidade de Campina Grande, Estado da Paraíba, em cartório compareceu, Manoel Severo da Costa, motorista, exibiu uma guia de óbito firmada pelo médico Frº Bezerra de Carvalho, exibiu uma guia digo, atestando ter falecido ontem ás desenove horas, á rua Arrojado Lisbôa desta cidade, em consequência de Glomerulonefrite Crônica – Uremia, MANOEL BATISTA DE MORAIS, sexo masculino, côr branca, com setenta dois anos de idade, fazendeiro, pernambucano e residente nesta cidade, solteiro, também conhecido por Antônio Silvino, nada deixa para inventário, deixa oito filhos naturais de nomes seguintes: José, Manoel, José Batista, José Morais, Severina, Severino, Isaura, Damiana; era filho de Pedro Rufino de Almeida e Balbina Pereira de Morais; naturais de Pernambuco e ambos falecidos; e o cadáver será sepultado no cemitério desta cidade. Para constar mandei lavrar este termo que lido e adosado conforme assina o declarante. Eu Severino Cavalcanti Albuquerque, oficial do registro rubrico”.

Manoel Severo da Costa

OBS.: O texto foi transcrito mantendo padrão e forma de escrita original.

 

REFERÊNCIAS:

http://cgretalhos.blogspot.com/2018/01/o-cangaceiro-antonio-silvino-viveu-e.html#.YNuEV0xv9PY

http://cgretalhos.blogspot.com/2013/05/#.YNuH60xv9PY

http://www.bde.pe.gov.br/visualizacao/Visualizacao_formato2.aspx?CodInformacao=915&Cod=1

https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-68B9-Z93?i=59&wc=WPG2-MT4%3A337681501%2C337681502%2C340615601&cc=2015754